BUSCA DA HARMONIA

BUSCA DA HARMONIA

Ontem uma moça foi atingida por um raio enquanto descansava na praia.
Outro dia alguém ganhou sozinho a mega-sena acumulada, depois foi assassinado.
Um homem comprou uma lava, trabalhou durante três anos ininterruptos, passou fome, e ficou doente. Trocou a escavação por comida e remédio com o fazendeiro rico. Este trabalhou por um mês e ficou ainda mais rico ao encontrar esmeraldas.
O chato insuportável e preguiçoso casa com uma linda princesa doce e herdeira de milhões, dilapida os bens das duas famílias e se mata.
Ao voltar para casa o operário é atropelado pelo bêbado dirigindo um superesportivo na contramão. Bêbado, notívago e herdeiro de milhões.
Azar?
Sorte?
Deus?
Falta de Deus?
Dadas as proporções infinitas e o caos dessa fornalha que é o universo, a vida é um evento raro, ilógico e quase impossível. O não ser é que é a regra.
Viver é a sorte grande.
Não existe azar, existe uma predisposição ao retorno às origens.
Morrer é apaziguar as improbabilidades.
Morrer é restabelecer a harmonia.
Morrer é como voltar para casa.

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