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Mostrando postagens de novembro, 2014

Proclamação da república (as magnólias voltaram)

PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA Era novembro e vivíamos iludidos. Debaixo das magnólias floridas planejávamos as nossas vidas. As flores alaranjadas perfumavam e encobriam os nossos enganos. Agora é novembro de novo e o perfume voltou: É a natureza cobrando o futuro que não se concretiza.

CRUZEIRO x ATLÉTICO, MUITO ALÉM DA BOLA.

Em Belo Horizonte hoje deveria ser feriado, as pessoas estão em um êxtase estranho. O padre, na missa das sete, levantou a hóstia, distraidamente e disse: Vão em paz que o senhor lhes acompanhe. A menina do café expresso colocou a xícara fora do lugar e derramou tudo. O metrô só não errou a rota porque só há uma, miseravelmente uma.   A beata alem de rezar um terço extra ainda rezou o quinto mistério três vezes, trocando tudo da ordem. A cozinheira errou o sal, a lavadeira errou o sabão e o carteiro se perdeu. O executivo, pra espanto do taxista, desta vez deu uma gorjeta. No ônibus, um silencio estranho e o motorista respondeu ao meu “bom dia”. O professor foi camarada com o aluno que não conseguiu se concentrar no texto. A casa de prostituição ficou entregue às moscas e às baratas de sempre, e ao abandono só hoje. No PROCON nenhuma reclamação. No legislativo provavelmente vão aumentar os próprios salários e no executivo vão autorizar o aumento das passagens.