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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Descendo... descendo...

Descendo... descendo... Descendo a escada rolante de um elegante shopping center, uma jovem se destaca. Alta, muito branca, com um vestido curto, quase transparente, deixando bem óbvio o triângulo minúsculo da lingerie. Seus quadris eram fartos e o andar, seguro. Nas panturrilhas, tatuagens tribais. No ombro direito, borboletas multicoloridas pareciam vivas. Eu quis ver seu rosto, mas uma centena de outros jovens a rodeavam e aproveitavam o momento com algazarra. Projetei seu rosto no meu imaginário: Diva da música, artista famosa, modelo internacional, ou coisa do gênero. Antes de chegarmos ao andar inferior, o telefone dela toca. Identifiquei no toque um funk carioca muito obsceno; obsceno mesmo. Então, como mágica, as borboletas da moça iniciaram uma metamorfose ao contrário. Fizeram-se lagartas cujos pelos urticantes ameaçavam as pessoas em torno. Chegamos ao andar inferior e ela atendeu ao maldito aparelho. Para cada palavra normal proferida, era expelida uma cascata