Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2016

CLIMA DE URGÊNCIA

“Fico parado diante do computador agindo digitalmente. A inação me convém. Sinto-me uma pessoa do meu tempo agindo assim com a ponta dos dedos. Sem sair do mesmo lugar, ajo sem agir”. Marcia Tiburi no livro, Como conversar com um fascista, da Editora Record, página 140.  A fluidez do mundo digital (fluidez para lembrar o conceito de mundo líquido do pensador Zygmunt Bauman) trouxe uma aberração nas relações comerciais que me deixa incomodado, o clima de urgência. Tudo é urgente como se um clique fosse o suficiente para resolver qualquer coisa. O obturador da câmera precisa ser trocado depois de certo número de cliques porque a obsolescência programada obriga. Então o fotógrafo do interior do estado, liga de manhã, e diz que está chegando para trocar o “shutter” e precisa ir embora antes do meio dia. Uma varinha mágica digital é ferramenta essencial na mesa do técnico. Na lanchonete ninguém quer esperar mais que alguns minutos para o lanche ser servido. O motor queimado no por